BlogNoticias

Inserido em: 09/07/2024

Segurança em Ambiente DevOps – Garantindo Proteção Durante a Pipeline

devops

Segurança em Ambiente DevOps – Garantindo Proteção Durante a Pipeline

Introdução

A integração da segurança em um ambiente DevOps é essencial para proteger sistemas e dados ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento. DevSecOps, a prática de incorporar segurança desde o início do processo de desenvolvimento, garante que a segurança não seja uma reflexão tardia, mas uma parte integral do pipeline de CI/CD (Integração Contínua e Entrega Contínua). Neste post, vamos explorar a importância da segurança na pipeline DevOps e destacar ferramentas open-source que podem ser utilizadas para realizar diversas verificações de segurança.

A Importância da Segurança na Pipeline DevOps

A pipeline DevOps automatiza a construção, teste e implantação de aplicações, o que pode aumentar a velocidade e a eficiência do desenvolvimento. No entanto, sem uma segurança adequada, essa automação pode introduzir vulnerabilidades que são exploradas rapidamente. A segurança na pipeline DevOps visa identificar e mitigar riscos em cada estágio do desenvolvimento, desde o código até a produção.

Ferramentas Open-Source para Segurança na Pipeline CI/CD

Vamos explorar diversas ferramentas open-source que podem ser integradas ao pipeline CI/CD para realizar verificações de segurança em código, imagens Docker, arquivos de configuração e muito mais.

1. Scan de Código

Horusec: Horusec é uma ferramenta open-source para análise de segurança de código estático que identifica vulnerabilidades em diversas linguagens de programação. É uma solução eficiente para integrar no pipeline CI/CD, proporcionando uma análise detalhada do código fonte para garantir que vulnerabilidades sejam identificadas e corrigidas antes de avançar para as próximas etapas. Atualmente o Horusec suporta: C#, Java, Kotlin, Python, Ruby, Golang, Terraform, Javascript, Typescript, Kubernetes, PHP, C, HTML, JSON, Dart, Elixir, Shell, Nginx, Swift.

2. Scan de Imagem Docker

Trivy: Trivy é uma ferramenta de análise de vulnerabilidades para contêineres que verifica imagens Docker. Ele oferece um escaneamento rápido e detalhado, reportando possíveis vulnerabilidades para que os desenvolvedores possam corrigi-las antes de enviar as imagens para produção.

Clair: Clair é outra ferramenta de análise de vulnerabilidade estática para contêineres. Ela analisa imagens Docker e reporta possíveis vulnerabilidades, permitindo que os desenvolvedores corrijam problemas antes de enviar as imagens para produção.

3. Scan de Arquivos Dockerfile, Docker Compose e Terraform

Trivy: Além de imagens Docker, Trivy também verifica arquivos Dockerfile, Docker Compose e Terraform. Ele realiza verificações de segurança nestes arquivos de configuração, garantindo que as práticas recomendadas sejam seguidas e que possíveis vulnerabilidades sejam identificadas e corrigidas. 

4. Segurança em Kubernetes

O próprio Trivy verifica arquivos de manifestos do Kubernetes, mas vamos a alguns softwares que auxiliam no processo de segurança do cluster:

Kube-bench: Kube-bench verifica se o Kubernetes está configurado conforme as práticas recomendadas de segurança do Center for Internet Security (CIS). Ele pode ser integrado ao pipeline para garantir que os clusters Kubernetes estejam configurados de maneira segura.

Kubesec: Kubesec realiza análises de segurança nos manifestos do Kubernetes. Ele verifica a presença de práticas de segurança em arquivos de configuração do Kubernetes, garantindo que as implementações estejam seguras.

5. Assinatura de Imagens com Cosign

A assinatura de imagens é uma prática crucial para garantir a integridade e autenticidade das imagens Docker utilizadas no pipeline CI/CD. Cosign é uma ferramenta open-source que permite assinar e verificar imagens de contêiner. Ao assinar uma imagem, você garante que ela não foi alterada após a criação, e que realmente provém de uma fonte confiável. Isso adiciona uma camada adicional de segurança, protegendo contra ataques de supply chain.

6. Hardening do Cluster Kubernetes:

  • Políticas de Segurança no Cluser:

Kyverno é uma ferramenta de políticas de segurança para Kubernetes que permite definir, validar e auditar configurações. Com Kyverno, é possível implementar políticas que reforçam as práticas de segurança no cluster, como controle de acesso, isolamento de namespaces e conformidade com padrões de segurança.

  • Role-Based Access Control (RBAC):

RBAC permite controlar o acesso a recursos e ações no Kubernetes com base em funções e permissões atribuídas aos usuários ou grupos. É possível definir permissões finas para operações específicas, assegurando que apenas usuários autorizados possam executar ações sensíveis.

  • Security Context:

O Kubernetes permite definir contextos de segurança em nível de pod e contêiner, como permissões de usuário, grupos, IDs de usuário, política de SELinux e recursos de isolamento de namespaces. Configurar corretamente os Security Contexts ajuda a proteger os pods e contêineres contra execuções não autorizadas e acessos indevidos.

  • Network Policies:

As Network Policies permitem controlar o tráfego de rede entre pods, permitindo regras granulares de acesso com base em IP, porta e protocolo. Isso ajuda a restringir a comunicação apenas aos pods autorizados, aumentando a segurança do tráfego interno no cluster.

  • Secrets:

O Kubernetes oferece a funcionalidade de Secrets para armazenar e gerenciar informações sensíveis, como chaves de API, senhas e tokens de autenticação. Os Secrets são armazenados criptografados e podem ser montados como volumes ou injetados como variáveis de ambiente nos pods, garantindo que as credenciais sensíveis sejam protegidas.

  • Security Context Constraints (SCC):

Para clusters que usam o OpenShift, uma plataforma baseada em Kubernetes, é possível utilizar as SCCs para definir restrições de segurança em nível de projeto ou namespace. As SCCs fornecem controle granular sobre os recursos permitidos e as ações disponíveis, ajudando a reforçar a segurança no cluster.

  • Backup ETCD:

Realizar backup do banco de dados do Kubernetes (ETCD) é crucial para garantir a recuperação de dados em caso de falhas ou ataques. O ETCD armazena informações críticas, incluindo secrets e o estado do cluster. Manter backups regulares do ETCD ajuda a garantir que a infraestrutura do Kubernetes possa ser restaurada rapidamente e com segurança quando possuímos um cluster não gerenciado.

Além dessas práticas, é crucial considerar a segurança no ambiente cloud, onde o uso de ferramentas como AWS IAM para controle de acesso granular, AWS GuardDuty para detecção de ameaças, Azure Security Center para gerenciamento de postura de segurança, e Google Cloud Armor para proteção contra ataques DDoS, são essenciais. Implementar criptografia de dados em repouso e em trânsito, aplicar políticas de segurança rigorosas e monitorar continuamente o ambiente para identificar e responder rapidamente a incidentes são práticas fundamentais para garantir a segurança na nuvem. Abordaremos esses e outros aspectos detalhadamente em um próximo post.

Precisa de ajuda para fortalecer a segurança de sua empresa? Conheça nossa solução de consultoria em ambiente Cloud e DevOps clicando aqui.

 

Voltar

Compartilhe no WhatsApp
Desenvolvido por Across | Política de Privacidade | Empresa do Grupo Pierre Soluções